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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sinval Fonseca, Fly Me To The Moon



" A vida dói... Para mim o tempo
de fazer perguntas
passou. " sinval fonseca

Se não me engano, o ano foi 1987,
morando eu em Bicas, Zona da Mata, cidade
natal de minha filha Talita, que fica
próxima a Juiz de Fora, nas Geraes. Fui
convidado por um amigo a ir com ele até a
Assembléia Legislativa, onde ele resolveria alguns
assuntos pessoais.

Lá chegando estava acontecendo uma exposição
de um artista plástico,cujas obras expostas até
hoje recordo pela profusão de
cores e de temas.

Bem, por vezes me queixo de minha memória e
atribuo a falta da mesma aos meus 62 anos
mas, para minha surpresa, navegando, um vídeo
me chamou a atenção... reconheci o estilo do
pintor que havia me impressionado nos finais dos
anos oitenta pela tela que abria o clip. Acho que
foi intuição ou sorte, sei lá.

Mas lá estava ele, Sinval Fonseca, em um
belo solo de sax tenor exibindo mais uma de
suas facetas na arte, vídeo que abaixo
vocês podem conferir.

carlos miranda (betomelodia) 




" O músico e compositor Joe Harnell
ganhou um Grammy para o clássico
"Fly me to the Moon", feito em ritmo bossa nova.
Ele alcançou fama como produtor musical
quando se trabalha com Peggy Lee
e com o cantor Frank Sinatra
Ela faleceu em 15 de julho de 2005,
aos 80 anos em Los Angeles, após sofrer
uma queda e entrar em coma, e Sinatra
em 14 de maio de 1998. "
" Meu nome é Sinval Fonseca.
Sou artista plástico e músico amador
que gosta da boa música.
Faço um simples apresentação aqui. "




( vídeo 360p )


Sinval Fonseca nasceu em 17 de abril de 1953 e
desde muito cedo, desenvolveu o dom de captar fisionomias.
Exercitando sempre nessa arte, fez várias pesquisas
e experiências, enriquecendo sua pintura. 

Passou a dedicar-se a este estudo e aplicar seus
conhecimentos entendendo com clareza,
os reais desejos dos seus clientes.
Sendo ele próprio o seu maior crítico, entende que
definir seu estilo seria impossível, uma vez que a criatividade
é e deve ser, sempre dinâmica. Ater-se à mesmice
seria a maior prova de que o criador esgotou
a sua criatividade. Buscar uma imagem límpida,
vibrante clássica ou moderna, é sempre seu grande desafio.

A pergunta é: Quanta criatividade pode-se
obter de um retângulo em que somente aparece o rosto?
A resposta está no inegável êxito de seu trabalho.
Hoje, Sinval Fonseca representa um estilo
de pintura reconhecido mundialmente. Ao depararmos
com seus retratos à óleo, temos a certeza de estarmos diante
de uma linguagem única, claramente identificável. "

( extraído de "arte de sinval fonseca" )




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 19 de abril de 2008

Minha Cidade Natal - Morro da Conceição



Sempre tive vontade de divulgar,
mostrar os espaços nos quais passei minha infância
e adolescência em minha cidade natal,
Rio de Janeiro.

 
Nunca fiquei satisfeito com o que escrevi,
com minhas descrições, pois não conseguia
dar a impressão exata da enorme importância
que esses lugares, muitas vezes
desconhecidos da quase totalidade dos cariocas,
possuem, não só em beleza ou tradição,
mas em termos históricos. Sempre me faltavam dados
confiáveis em minhas rápidas pesquisas.
Navegando pela web encontrei o que tentei fazer,
da maneira que sempre desejei mostrar
minha maravilhosa cidade e assim,
vou transcrever para vocês esse bonito trabalho
de pesquisa e divulgação que revelou
a mim alguns lugares que, também eu desconhecia.


carlos miranda (betomelodia) 




Engraçado como poucos cariocas conhecem
realmente sua cidade. O fato é que o Rio,
essa cidade tão famosa e desejada, guarda alguns
segredos bem escondidos, . Poucos são aqueles que,
num golpe de sorte ou numa procura curiosa
e incessante por sua própria identidade,
descobrem áreas "nunca dantes navegadas".


uma rua do morro da conceição

Antes chamado Morro dos Caieiros (caiadores),
o Morro da Conceição situa-se na área da Praça Mauá,
no Centro do Rio de Janeiro.
Sua história começa quando Manoel de Brito,
sesmeiro da área do atual morro de São Bento,
permite que um parente seu, chamado Aleixo Manoel,
construa, naquela área, uma pequena ermida
dedicada a Nossa Senhora da Conceição,
padroeira de Portugal, lá pelos idos de 1582.

Quando, pouco mais tarde, em 1590, Manoel de Brito
doa o morro para os Beneditinos, a capela era um
obstáculo para o início da construção do
Mosteiro de São Bento. Como naquela época
uma igreja não podia ser simplesmente derrubada,
a ermida é transferida para o morro em frente,
que passa a se chamar Morro da Conceição.


ladeira joão homem

A Ladeira do João Homem, apelido do
Capitão de Milícia João Homem da Costa,
ganhou esse nome quando ele foi
punido em 1763 pelo Vice-Rei Conde da Cunha,
por apresentar-se no regimento, em uma
manhã, vestido apenas com um camisolão. Ele teve
como punição, trabalhar assim vestido por
todo o dia na ladeira.
No Morro da Conceição são encontradas ruas
com nomes bem interessantes:
Rua do Jogo da Bola, Ladeira do Escorrega
e Travessa do Sereno, nomes históricos
mas estranhos aos nossos dias.

É um morro bem atípico do Rio de Janeiro, pois não
há favela e sim um bairro residencial estando
localizado bem no centro da cidade.
Lá moram até hoje, em sua maioria, os descendentes
dos seus primeiros ocupantes portugueses.

As casas mostram ainda nas fachadas, as seguintes
incrições: "Vila, Miguel", "Vila, Francisco" ou "Vila, Paulo".
A palavra "Vila" era usada para informar que
naquela casa morava toda uma família, formada pelos
pais, filhos, netos, tios, sobrinhos e etc., servindo o nome
depois da vírgula para indicar o
santo padroeiro dos que ali residiam.


o palácio episcopal, hoje museu cartográfico do exército

O antigo Palácio Episcopal situa-se bem no alto do morro.
Construído para abrigar um convento dos
Capuchinhos franceses expulsos do Brasil, por
questões políticas em 1701, foi reformado pelo bispo
D. Francisco de São Jerônimo, que gostava
do local por sua linda vista da baía e para lá se mudou.
Ao seu lado ergueu-se a Fortaleza da Conceição,
após as invasões de Duclerc em 1710 e de Dugay-Trouin,
que "sequestrou" a cidade em 1711.


detalhe da fortaleza da conceição, erguida em 1713

A Fortaleza da Conceição estava situada em
local estratégico, em terras da Igreja
e tinha por finalidade defender a cidade de
futuras invasões. Mas os primeiros exercícios de tiros
da fortaleza fizeram quebrar alguns cristais
na casa de seu ilustre vizinho. Então, o bispo proibiu
a fortaleza de disparar seus canhões...
Em suas escuras masmorras estiveram presos
Thomás Antônio Gonzaga, José Alves Maciel
e Domingos Vidal, inconfidentes degredados para a África.


a pedra do sal e sua escadaria 

Entre os locais que contam um pouco da
história da Cidade, há, aqui, um bem especial:
a Pedra do Sal, situada no final da rua do Jogo da Bola.
O mar vinha até ali e junto aos degraus cavados
em uma grande pedra, era descarregado o sal
que vinha da Europa, na época colonial.

Hoje, ponto de encontro de sambistas e boêmios,
era o local onde se reuniam Heitor dos Prazeres,
João da Baiana e Donga, entre outros, nas rodas
de samba tão famosas até os dias atuais.


igreja de são francisco da prainha, erguida em 1696

Mas a joia mais preciosa encravada neste morro,
é sem dúvida a Igreja de São Francisco da Prainha,
que tem esse nome porque o mar vinha até o pé do morro
e em frente à igreja, havia uma pequena praia.
Pertence à Ordem Terceira de São Francisco da Penitência,
tendo sido construída no início de 1600. Foi incendiada
pelo governador da cidade na invasão de
Dugay-Trouin para evitar que os franceses tomassem
o estratégico morro. Reconstruída em 1738,
é raramente aberta à visitas.

carlos miranda (betomelodia) 




fontes
imagens: arquivo pessoal - textos carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


quinta-feira, 17 de abril de 2008

Chico Pinheiro, Influência do Jazz



" Ele é um mito, embora não se comporte assim.
Talvez por ser simples e singelo demais.
Estamos acostumados com a idéia de que
mito é excêntrico. Extravagante.
Mito não pode ser um cara que fala com a gente
de igual para igual. Mito não pode ser pontual.
Mito tem que beber ou fumar. Ou cheirar.
E Carlinhos não faz nada disso.
Faz música, apenas.
É um mito que o Brasil ainda não descobriu."
alex solnic


Ao ouvir pela primeira vez Coisa Mais Linda,

coloquei-a como integrante de meu repertório.
Poucos ensaios e já estava pronta para os palcos.
Interpreto-a até os dias atuais, na minha
programação da noite ou atendendo à pedidos do
público presente, conhecedor de meu estilo.
Espelhei-me em seu jeito peculiar de cantar, de tocar
com maestria, sempre exigindo de meus músicos
fidelidade às suas composições,
pois em Obra Prima, não se deve mexer. Jamais.


Nesta página trago para vocês um
"samba-protesto" , como 
assim foi denominado por ele,
cuja letra é sobre a influência norte americana no
samba, na voz de Chico Pinheiro.


carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )



Pobre samba meu
Foi se misturando se modernizando e se perdeu
E o rebolado cadê? não tem mais
Cadê o tal gingado que mexe com a gente
Coitado do meu samba mudou de repente
Influência do jazz

Quase que morreu
E acaba morrendo está quase morrendo não percebeu
Que o samba balança de um lado pro outro
O jazz é diferente pra frente pra trás
E o samba meio morto ficou meio torto
Influência do jazz

No afro-cubano vai complicando vai pelo cano vai
Vai entortando vai sem descanso vai sai cai do balanço

Pobre samba meu
Volta lá pro morro e pede socorro onde nasceu
Pra não ser um samba com notas demais
Não ser um samba torto pra frente e pra trás
Vai ter que se virar pra poder se livrar
Da influência do jazz

carlos lyra




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 15 de abril de 2008

Paula Toller, Pingos de Amor

" Eu estava em meu quarto. Na sala de visitas,
meu namorado e meus avós assistiam TV. Ouvi um
som legal e corri para ver o que era.
Era a Gang 90 e as Absurdettes cantando
"Perdidos na Selva" num festival de uma emissora
de TV. Ninguém percebeu, mas, naquele
momento minha vida mudara completamente
e tive certeza de que cantaria aquele tipo de música. "
Paula Toller


No tempo de infância e adolescência, as músicas de Bach, Mozart,
Beethoven, Chopin entre outros clássicos, predominavam em sua casa,
além de discos de música espanhola e algumas óperas.

Da Música Popular Brasileira, ouvia Carmem Miranda, Elis Regina
e também os Beatles, que era o único rock aceito por seu avô.
Paula completava seus estudos com aulas de balé e inglês
e tinha intenção de tornar-se professora desse idioma.
Mas, ficou só na intenção, ainda bem para a Música.

Paula iniciou sua carreira em Copacabana, Rio de Janeiro,
e suas composições e interpretações como vocalista da banda
Kid Abelhoa destacaram-na no cenário musical do Brasil.


paula toller

Vamos escrever um pouco sobre o autor da música
que, vai ser interpretada por Paula nesta postagem.

Nascido na cidade de Pesqueira, Pernambuco, em
24 de janeiro de 1940, Paulo Diniz é um dos
muitos personagens da Música Popular Brasileira
cujas composíções estão em meu repertório.
Na época em que conheci seu trabalho,
já haviam dois discos lançados, dos quais eu
interpreto até hoje a maioria das músicas.

Vários poemas foram por ele musicados, tais como
"E Agora José", Carlos Drummond de Andrade, e
"Definição do Amor", Gregório de Matos,
entre outros que integram a grande relação de
clássicos que interpreto.

Escolhi para a página, um de seus sucessos em 
parceria com Odibar, "Pingos de Amor",
na voz de Paula Toller e a banda Kid Abelha.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


A vida passa telefono
e você já não me atende mais
Será que já não temos tempo
nem coragem de dialogar
Ainda ontem pela praia
alguma coisa me lembrou você
E veio a noite namorados se encontrando
E eu estava só

Vamos ser outra vez nós dois
Vai chover pingos de amor

paulo diniz / odibar



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 13 de abril de 2008

Meus Escritos - Promessas de Amor



Por mim dedicado àquela que aos poucos com
seu amor e com seu exemplo me guiará, iluminando
meu caminho e fazendo com que das trevas
eu novamente vislumbrasse a luz.





Amarei sua voz a me conduzir,
quando na vida eu me perder.

Amarei sua cor a me seduzir, 
quando no amor eu renascer.

Para sempre amarei seu sorriso,
até nas vezes em que o tornarei triste.
Prometo, farei o preciso,
pois sem você o amor não existe.

Amarei sua felicidade,
radiante com pequenas tolices.
Amarei sua geografia,
vales, montes e morenas planícies.

Para sempre farei de seu amor,
minha eterna ventura.
Sua infinita beleza, seu corpo sedutor,
sempre será meu farol em noite escura.

carlos miranda (betomelodia) 



fonte
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base da pesquisa: arquivo pessoal / meus escritos