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terça-feira, 13 de maio de 2008

Carmem Monarcha, Ave Maria e O Mio Babino Caro



Há algumas semanas recebi da cidade de
Leer, Niedersachsen, Alemanha, um mail enviado por um
brasileiro que lá reside há dois anos e que
me fez a seguinte pergunta:

" Por que você, betomelodia, não divulgou ainda
em seu blog a fantástica Carmen Monarcha? "

Na época em que recebi o mail, o tempo me era muito
escasso e eu, atribulado que estava, apenas
respondi ao autor da pergunta, o Emerson Luchesi:

" Carmen Monarcha? Quem é Carmen Monarcha? "

Recentemente, dois mails de Leer, sendo um do Emerson,
com apenas um link e os dizeres:

" Clique aqui.  Você vai conhecer a Carmen."

É. Preciso trabalhar menos,
ficar a par das notícias, do que acontece no mundo,
do que acontece à minha volta e não apenas trabalhar,
escrever, escrever e continuar escrevendo meu
futuro livro. Foi a conclusão a que cheguei ao clicar
no link recebido e assistir a um vídeo. Emocionante ver
Carmen Monarcha interpretar "O Mio Babbino Caro".
Carmen, me perdoe por ser tão ausente, e Emerson,
obrigado por revelar-me Carmen Monarcha.

Carmen Monarcha nasceu em Belém, Pará,
em 27 de agosto de 1979, em uma família de artistas.
Seu pai, escritor e sua mãe, cantora. Ainda jovem,
aprendeu a tocar piano e violoncelo mas começou a
cantar, aperfeiçoar sua voz e recebendo aulas de canto,
tornou-se uma magnífica soprano reconhecida mundialmente.

Agora, admirem sua voz, sua beleza. Ouçam-na cantar. Ela tem um
rosto com um perfil angelical ao interpretar Puccini:
O Mio Babbino Caro.

carlos miranda (betomelodia) 



Mas há uma obra prima que muito aprecio,
e não posso deixar de exibir mais este vídeo.
Carmen interpreta magistralmente uma das minhas
favoritas de Bach. Ouvi-la faz com que eu seja
sempre banhado por uma Paz duradoura:
Ave Maria.


( vídeo em 360p )
 
fontes
imagem e vídeos: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Capital Inicial, O Passageiro



Capital Inicial é uma das várias bandas de rock brasileiro
que teve sua origem em Brasília. Tudo começou
em 1978, quando Felipe Lemos voltou da Inglaterra.

Havia um grupo de adolescentes apelidados de
Turma da Colina, que apreciavam o estilo punk rock,
do qual também fazia parte o Renato Russo.
Felipe ingressou no grupo. Mas, também fazia parte da
turma um sul-africano, o André Pretórios e com este
trio foi fundada a banda Aborto Elétrico. 

Pretórios voltou para a África do Sul. A banda continuou
com Renato na voz e guitarra, Felipe na bateria e seu
irmão no baixo. Ali estava uma das mais populares bandas
de Brasília, com um fã incondicional, o Dinho. Mas o ano de
1983 marcou o final da banda, tendo como motivo o
desentendimento entre Felipe e Renato.


capital inicial

Após algum tempo, os irmãos Lemos criaram a
Capital Inicial com o fã número um da banda, o Dinho,
assumindo o vocal. Sucesso a cada lançamento
de novas músicas e a cada show, a banda ocupa
lugar de destaque no cenário musical do Brasil.

Na postagem de hoje, um vídeo da Capital Inicial em
uma versão Bozzo e Dinho,  O Passageiro.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Eu sou o passageiro
Eu rodo sem parar
Eu rodo pelos subúrbios escuros
Eu vejo estrelas saindo no céu
É o claro e o vazio do céu
Mas essa noite tudo soa tão bem

Entre no meu carro
Nós vamos rodar
Seremos passageiros da noite
E veremos a cidade em trapos
E veremos o vazio do céu
Sob os cascos dos subúrbios daqui

Mas essa noite tudo soa tão bem
Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá) lá-lá-lá

Olha o passageiro
Como, como ele roda
Olha o passageiro
Roda sem parar

Ele olha pela janela
E o que ele vê
Ele vê sinais no céu
E ele vê as estrelas que saem
E ele vê a cidade em trapos
E ele vê o caminho do mar

E tudo isso foi feito pra mim e você
Tudo isso foi feito pra mim e você
Simplesmente pertence a mim e você
Então vamos rodar e ver o que é meu

Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá) lá-lá-lá

Eu sou o passageiro
Eu rodo sem parar
Eu sou o passageiro
Eu rodo sem parar
Eu sou o passageiro

composição:  iggy pop / ricky gardiner 
versão: bozzo barretti / dinho ouro preto



fontes
imagens  e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


segunda-feira, 5 de maio de 2008

Silvio César, O Moço Velho



Mineiro. Quando veio tentar a sorte
no Rio de Janeiro, teve seu destino mudado,
pois como todo menino pobre, queria tornar-se
um jogador de futebol, ou quem sabe, cantor.
Mas por precaução, enquanto seu sonho
não se realizava, cursava a Faculdade Nacional
de Direito, só para garantir o futuro...
E foi em uma época de mudanças que se formou.
O ano, 1964, quando a ditadura militar
atingiu toda a constituição e o código civil.
Então, com a música e suas composições,
definiu o seu caminho.


silvio césar

O conheci pessoalmente nas
noites do meu Rio de Janeiro, em
uma casa noturna. De suas muitas
composições, a que primeiro incluí em meu
repertório, foi a que abaixo é o tema
da postagem de hoje.

Mas sabem o que muito admiro em Sílvio?
A sua alegria, a sua energia e o seu
enorme talento ao interpretar, mostrando
ao mundo que quem sabe, e ele sabe muito,
não importando a idade segue a
vida a encantar o público com sua simpatia,
com sua voz calma e inconfundível.

Para vocês o vídeo com sua composição,
O Moço Velho que, mesmo com o volume
do áudio gravado muito baixo, podemos ouvir
bem sua interpretação.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )

Eu sou um livro aberto sem histórias
Um sonho incerto sem memórias 
Do meu passado que ficou

Eu sou um porto amigo sem navios
Um mar, abrigo a muitos rios
Eu sou apenas o que sou

Eu sou um moço velho
Que já viveu muito
Que já sofreu tudo 
E já morreu cedo

Eu sou um velho moço
Que não viveu cedo
Que não sofreu muito
Mas não morreu tudo

Eu sou alguém livre 
Não sou escravo e nunca fui senhor
Eu simplesmente sou um homem
Que ainda crê no amor

silvio césar



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 3 de maio de 2008

Je T'Aimé, Lara Fabian




Feche os olhos e imagine comigo.
Sua banda já está posicionada no imenso palco.
Você, sempre com um frio na barriga antes de cada
apresentação, arrisca um olhar para o público presente,
por uma fresta do cenário de fundo.

Uma multidão de cinco, dez, vinte mil pessoas
preenche todos os espaços à frente.
Um mar de rostos até onde a vista alcança.
Um burburinho de vozes tal um surdo rumorejar,
algo indefinível, um som estranho que chega a assustar.

Então, aos primeiros acordes da música
de abertura, você se dirige ao centro do palco,
o foco das luzes dos refletores sobre você, seguindo seu
caminhar em direção ao público, agora em silêncio e
imóvel, na expectativa de ouvir sua voz.
Ledo engano. Você não consegue cantar.
Sua banda segue sozinha e sua voz, silenciada.

Não consegue entender ao certo aquilo que está
acontecendo na multidão, o que está
impedindo sua voz de projetar-se do seu mais
profundo interpretar, do seu cantar.
Seu coração acelera, o nervosismo toma conta de você.
" Isso nunca aconteceu...", você pensa.

Aos poucos começa à distinguir os sons, mas
não acredita ainda no que ouve. Tenta cantar,
tenta sobrepor sua voz à da multidão e não consegue.
Então a forte emoção que de seu peito brotou,
faz sua voz embargar, faz com que seus lábios sorriam,
tímidos, sem compreender o que se passa.
E seu olhar extasiado, mareja a noite.

Tenta se acalmar, juntar-se à multidão, ela que
nesse momento lhe presta a mais bela
homenagem, cantando com energia
uma declaração de amor, que nunca imaginou
possível ser merecedor. Sua voz quase cala.
Consegue se recompor e ela soa forte,
embora emocionada, ao com a multidão
terminar a canção.

Acompanhe o desejo, sonho de todo intérprete
neste show, do público e de Lara Fabian,
para que entendam o que quero dizer.




Nunca vi nada igual, tamanha
homenagem, tamanha energia e amor
dedicados a uma cantora de maneira tão
espontânea e inesperada, e penso
que falo por todos nós, intérpretes.

Como no vídeo que acima assistiram,
todos nós gostaríamos de ao
menos uma vez emudecermos,
sermos impedidos de soltar
nossa voz em um palco da maneira
que o foi Lara Fabian em seu show Nude.
Nos sentiríamos realizados ao nos faltar a voz,
quando emocionados e por entre lágrimas
víssemos a multidão cantar, quando
apenas ouvintes de nosso público fôssemos.

carlos miranda (betomelodia) 




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Luiz Melodia, Rosa



Qual intérprete não brindou seu público com uma
das composições de Pixinguinha?
Carinhoso, Rosa, são dois exemplos das muitas que
não podem nem devem faltar no repertório
de um cantor da autêntica Música Popular Brasileira.
Eu, pessoalmente considero Rosa a melhor de suas obras,
composta por ele em 1917 e que teve como título
Evocação, quando apenas instrumental.

Posteriormente, segundo Pixinguinha, após seis anos
foi adicionada a letra escrita pelo
mecânico Otávio de Souza, morador do
Engenho de Dentro, um dos bairros
do Rio de Janeiro.




Considerado um dos maiores gênios da
música popular brasileira e mundial, Pixinguinha
revolucionou a maneira de se fazer música
no Brasil sob vários aspectos.
Como compositor, arranjador e instrumentista,
sua atuação foi decisiva nos rumos que
a música brasileira tomou.
O apelido "Pizindim" vem da infância e era como
a avó africana o chamava,
querendo dizer "menino bom".

No dia 23 de abril comemora-se o
Dia Nacional do Choro, tratando-se de uma
homenagem ao nascimento de Pixinguinha.
A data foi criada oficialmente em
04 de setembro de 2000, quando foi sancionada a
lei originada por iniciativa do bandolinista
Hamzilton de Holanda e seus alunos da
Escola de Choro Raphael Rabello. Pixinguinha
faleceu em uma igreja, na cidade do Rio de Janeiro,
quando seria padrinho de um batizado.

A seguir, na voz de meu padrinho Luiz Melodia,
Rosa, sua composição em parceria com
Otávio de Souza

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )

Tu és divina e graciosa estátua majestosa
Do amor por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor de mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente aqui nesse ambiente
De luz formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito teu

Tu és a forma ideal estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso a fé e a dor em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela és mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza

Perdão se ouso confessar-te eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste a incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia ao pé do altar
Jurar aos pés do onipotente em preces comoventes
De dor e receber a unção de tua gratidão
Depois de remir meus desejos em nuvens
De beijos hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer...

pixinguinha / otávio de souza



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
 base das pesquisas: arquivo pessoal / google