google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html

sábado, 13 de dezembro de 2008

Caetano Veloso, Cajuína



Caetano Emanuel Viana Teles Veloso.
Veio ao mundo em 7 de agosto de 1942, na
cidade de Santo Amaro da Purificação, Bahia.

Interpretando canções da Bossa Nova em bares da cidade,
e influenciado por João Gilberto, Caetano criou o estilo
musical que ficou conhecido como MPB, ou seja, 
Música Popular Brasileira, que deslocava o pop na direção
de um ativismo político e de conscientização social.

Como grande admirador de suas obras e interpretações,
em meu repertório muitas de suas composições
são por mim cantadas, sendo certeza de muitos aplausos.

No vídeo que ilustra esta página, uma pequena mostra do
talento de Caetano e seus músicos cantando Cajuína,
com um incrível solo de celo de Jaques Morelenbaum.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Existirmos
A que será que se destina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina


caetano veloso




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Meus Escritos - Um Tolo Apaixonado



Há tempos ouvi uma história de Amor que creio ter sido real.
É sobre um tolo apaixonado, um cantor que
entre tantos sofrimentos, tantas desilusões,
não desistiu jamais de sonhar, de amar, de ser amado.
Em gestos e sons, ele nutria a chama de esperança na vida
e nos corações de quem o ouvia, tentando entre
canções e palavras de Amor, ser feliz como
a felicidade que transmitia em seu cantar.

Sentia o tempo passar. E em seu pensamento,
mesmo sem de seu sonho acordar,
apostava na paixão, paixão que tornaria realidade o
Amor guardado no mais profundo recesso
de seu coração. No luzir da sedução
que sua lembrança evocaria, a razão seria
obscurecida pela simples visão da esperança,
pela visão de sua realidade, pelo Amor.

Diziam que o verde de seu olhar, buscava em uma
terra distante, um lugar em que pudesse bem de perto
ver as matas protetoras de um vale sedutor,
um acolhedor vale só seu, onde aconchegante
gruta o aguardaria, o protegeria e forças lhe
daria em suas noites, para que nos seguintes dias
continuasse a vida enfrentar.

Hoje quem por ele pergunta, sem saber de
seu paradeiro fica. Contam que ao partir sorria,
pois ao encontro de seu sonho ele ia. Falam que depois
de muito sofrer, sem jamais desistir ou duvidar, sem
temer os caminhos que teve e teria que trilhar,
ele encontraria o que buscava. Assim, partiu.

Não mais dele se soube.
Hoje, eu que ainda canto nas noites,
ao interpretar uma melodia de amor falando
de esperança e sonhos, eu que ainda conto estrelas,
creio saber onde ele está e tenho certeza
que encontrou o que tanto buscava.
Ao olhar para o céu, noto duas estrelas bem
próximas uma da outra. Uma com um brilhar
mais intenso a quem chamo Sol, e ao seu lado,
sua companheira, a quem chamo Lua.

O estranho é que
a cada vez que as vejo, mais próximas estão,
com seu feliz brilhar, pelas mãos do Amor protegidas.


carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base da pesquisa: arquivo pessoal / meus escritos

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Enrico Bianco, o Mais Brasileiro dos Pintores Italianos, I

enrico bianco, o mais brasileiro dos pintores italianos
bumba meu boi


Na postagem de hoje da série A Arte, vamos para a cidade
de Rio de Janeiro, onde reside o mais brasileiro dos
pintores italianos, Enrico Bianco.

Nasceu no ano de 1918, em Roma, Itália, onde iniciou seus
estudos na década de 30. Foi lá que realizou a sua
primeira exposição individual, em 1936. Chegou ao Brasil
em 1937, fixando-se no Rio de Janeiro e realizando
várias exposições individuais, destacando-se a do Museu
Nacional de Belas Artes, em 1982.


enrico bianco

Bianco pinta especialmente paisagens, naturezas mortas
e cenas do campo, num trabalho que evoca a tradição
do “saber fazer” de grandes pintores, pelo labor
incessante e pela elaboração técnica. Aluno de Portinari,
foi seu assistente na realização dos murais do prédio
do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro
e da sede da ONU, em Nova York. Bianco após a morte de
Portinari, herdou seu estilo em suas obras.

Por ter escolhido o Brasil como sua segunda pátria, por
ter-se fixado aqui e por ter desenvolvido aqui praticamente
toda sua obra com influência inegável de artistas brasileiros,
tendo como tema de trabalho, a vida, os costumes e a
sociedade brasileira, Enrico Bianco pode ser incluído com
muita propriedade, entre os maiores Pintores do Brasil.

carlos miranda (betomelodia) 




jangadas

ceia, detalhe

colheita

nu sentado

nu

nu com vaso

natureza morta

trigal

criança com carneiros


destaco: bumba meu boi

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto (carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Detonautas, Olhos Certos



O Rock Brasileiro.
Detonautas Roque Clube ou simplesmente, Detonautas.
Seus integrantes, Tico Santa Cruz, Cléston, Tchello,
Renato Rocha, Fábio Brasil e o sexto integrante,
Rodrigo Netto, que apesar de já falecido continua
citado pelos demais como membro do grupo,
em suas canções cantam o amor e a violência, de
uma forma que nós realmente sentimos
e pensamos, sem serem melosos ou vulgares.


detonautas

Mostram um equilíbrio entre as duas coisas e com
suas letras cada vez mais ambíguas, de uma
forma inteligente e coesa, adotaram uma identidade
que lhes trouxe verdadeiros fãs que admiram
e se identificam com o bom trabalho dos cariocas.

É perceptível o cuidado e a inteligência que a
banda tem com as suas músicas, uma característica
rara nas bandas de então. São apenas
canções que que de alguma maneira nos identificamos
de uma forma bem realista.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Tento te encontrar
Tanto pra dizer
Meu amor tudo bem

Sorte de nós dois
Quero te fazer feliz
Meu amor sempre quis

Seus olhos certos mas não sei o que dizer
Eu não vou mas o tempo vem
Tá tudo certo mas não sei o que dizer
Eu não vou mas o tempo vem aqui

Tento te encontrar
Tanto pra dizer
Meu amor tudo bem

Mesmo sem te ver
Não chegou ao fim
Seu amor tudo em mim

Se não for mais do que tento ser
Se não for mais
Se não for mais do que tento ser
Se não for

Seus olhos certos mas não sei o que dizer
Eu não vou mas o tempo vem
Tá tudo certo mais não sei o que dizer
Eu não vou mas o tempo vem aqui


tico santa cruz e rodrigo netto




fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Zé Ramalho, Beira Mar

zé ramalho


Qual o segredo? Como é possível um cantor e
compositor como José Ramalho Neto, nascido em
Brejo da Cruz, Paraíba, no dia 03 de outubro
de 1949, ser reverenciado até os dias atuais,
conquistando e sendo admirado pelas
mais diversas gerações?

O segredo de Zé Ramalho, como muito bem foi dito,
é que ele é único em uma maneira de compor, de cantar,
colocando sua voz inigualável, em uma incrível
mistura de tendências e ritmos diversos, cativando
seus ouvintes pela autenticidade dos temas.

Com uma incrível gama de influências, tanto musicais
quanto de elementos culturais tais como Cantadores,
Repentistas e Rabequeiros nordestinos, Jovem Guarda,
Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, Raul Seixas, Alex Luiz
e se bem notarem, Bob Dylan, suas composições
possuem uma forte característica atemporal, onde entram
até traços de influência grega e de histórias em quadrinhos.

Este enorme leque de fontes de inspiração, é que torna
seu trabalho admirado por todas as gerações.
Zé Ramalho canta uma de minhas favoritas, Beira Mar.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Eu entendo a noite como um oceano

Que banha de sombras o mundo de sol

A aurora que luta por um arrebol
De cores vibrantes e ar soberano
Um olho que mira nunca o engano
Durante o instante que vou contemplar
Além muito além onde quero chegar
Caindo a noite me lanço no mundo
Além do limite do vale profundo
Que sempre começa na beira do mar
É na beira do mar

Ói por dentro das águas há quadros e sonhos
E coisas que sonham o mundo dos vivos
Há peixes milagrosos insetos nocivos
Paisagens abertas desertos medonhos
Léguas cansativas caminhos tristonhos
Que fazem o homem se desenganar
Há peixes que lutam para se salvar
Daqueles que caçam em mar revoltoso
E outros que devoram com gênio assombroso
As vidas que caem na beira do mar
É na beira do mar

E até que a morte eu sinta chegando
Prossigo cantando beijando o espaço
Além do cabelo que desembaraço
Invoco as águas a vir inundando
Pessoas e coisas que vão se arrastando
Do meu pensamento já podem lavar
Ah! no peixe de asas eu quero voar
Sair do oceano de tez poluída
Cantar um galope fechando a ferida
Que só cicatriza na beira do mar
É na beira do mar


zé ramalho




fontes
imageme vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google