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terça-feira, 10 de maio de 2011

Dorival Caymmi, a Arte e a Música

auto retrato em verde


" O Dorival é um gênio.
Se eu pensar em música brasileira, eu vou sempre pensar em Dorival Caymmi.
Ele é uma pessoa incrivelmente sensível, uma criação incrível.
Isso sem falar no pintor, porque o Dorival também é um grande pintor." 
tom jobim


dorival caymmi 


Pois é, meus amigos.
Na vida sempre temos algo mais a saber, a aprender.
Eu pensava conhecer o suficiente sobre determinado cantor ou
compositor mas, ledo engano. Sempre descubro algo que não sabia.
Na maioria das vezes, bem depois de muitos já saberem.
Mas sou assim mesmo. Meio "desligado".

Confesso que fiquei surpreso ao conhecer uma outra
faceta nas obras de Dorival Caymmi: suas telas.
Sempre apegado à música, achei que ela era a expressão
única nas obras deste Mestre. Então, navegando pela Web,
vi uma tela que chamou-me a atenção. Ao verificar
o autor da mesma, fiquei surpreso. Caymmi.

Minha Cultura merece uma nota bem baixa por desconhecer
até então Caymmi, Artista Plástico. E a ele, pintando sereias no Céu,
minhas desculpas por isso. Mas sou assim mesmo.
Meio "desligado".

Em uma humilde homenagem, mostro  abaixo
algumas de suas criações. Belas telas, verdadeiros
retratos de sua maravilhosa obra musical.
Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 




casario

o peixe

mulher na praia

desenho - mulheres

puxando rede

três mulheres com palmas



auto retrato com barco



destaco: mon rêve




fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base da pesquisas: arquivo pessoal / google


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dorival Caymmi, É Doce Morrer no Mar

























A página de hoje é sobre um grande Mestre da
Música Popular Brasileira: Dorival Caymmi.
A maioria conhece apenas uma de suas expressões
na Arte, a música, mas poucos sabem que
ele era ator e pintor. Sobre isso comentaremos
em uma próxima página.

Hoje vou mostrar um de seus trabalhos na música que
  é o meu preferido. Caymmi era um homem que amava o mar,
que inspirado pelas tradições, hábitos e costumes dos baianos,
cantava em versos seus mistérios e suas lendas,
descrevendo com imensa paixão a morte nas águas
nos braços de Iemanjá, o que seria uma honra para os
pescadores que com seus barcos
não retornavam aos lares.

Versos expontâneos influenciados pela música dos negros,
Caymmi punha sensualidade e muita criatividade melódica
em suas composições. Nos deixou no Rio de Janeiro em
16 de agosto de 2008, mas suas obras permanecem
como um marco da tradição do povo baiano.

Na voz de Cristina Mota, editei este vídeo para ilustrar
esta página em homenagem à Caymmi.
Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )



É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

A noite que ele não veio foi
Foi de tristeza pra mim
Saveiro voltou sozinho
Triste noite foi pra mim

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Saveiro partiu de noite foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
Sereia do mar levou

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar


Nas ondas verdes do mar meu bem
Ele se foi afogar
Fez sua cama de noivo
No colo de Iemanjá

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

dorival caymmi 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 30 de abril de 2011

Victor Meirelles, a História na Arte

a bacante


Victor Meirelles de Lima nasceu na pequena cidade de
Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis,
em 18 de agosto de 1832, um menino pobre, filho de
imigrante português, que ainda na infância ocupava
seu tempo desenhando bonecos e paisagens de sua idílica ilha.


 
victor meirelles

A vocação precocemente revelada foi estimulada
por seus pais e apoiada pelas autoridades oficiais da época.
Aos quatorze anos de idade ele ganhou uma bolsa de estudos
para frequentar a Academia Imperial de Belas Artes, na cidade
de Rio de Janeiro e aos vinte anos, com a tela
São João Batista no Cárcere, conquistava o Prêmio Especial
de Viagem à Europa. De volta ao Brasil foi agraciado
com o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa e
nomeado professor de pintura da Academia.


Com a tela Primeira Missa no Brasil, seu nome se
transformaria numa das maiores expressões das
Artes Plásticas no Brasil, no século XIX. A tela ainda
hoje é reproduzida em cadernos escolares, selos,
cédulas monetárias, livros de arte, catálogos e revistas.
Faleceu no Rio de Janeiro a 22 de fevereiro de 1903.

carlos miranda (betomelodia) 




primeira missa no brasil

morro do castelo - rio de janeiro - rio de janeiro

juramento da princesa isabel

dom pedro II

passagem do humaitá

batalha dos guararapes

combate naval de riachuelo



destaco: moema


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Zeca Baleiro, Flor da Pele



No início, ele compunha melodias para festas infantis e para
o teatro, destacando-se pela qualidade das letras.
Escrevo sobre José Ribamar Coelho Santos, nascido na
cidade de Arari, Estado do Maranhão, no dia 11 de
abril de 1966, mais conhecido por
Zeca Baleiro.


 Das letras e melodias infantis no Maranhão, Zeca seguiu para o
Estado de São Paulo, indo morar na Capital com seu parceiro
Chico César em um apartamento no centro da cidade.
Lá, com sua técnica muito particular de tocar violão e de
compor, obteve projeção nacional no acústico MTV de
Gal Costa, com a música que hoje postamos,
Flor da Pele.


Em 2007, no dia 8 de dezembro, levei ao ar um post
com a composição de Zeca Baleiro que, na época não
podia faltar em minhas apresentações pois já era um grande sucesso.
Hoje, tenho o prazer de postar minha edição de Flor da Pele, onde procuro
nas imagens que utilizo, dar uma visão própria
do que a letra me transmite. Espero agradar.
Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar flor na janela
Me faz morrer

Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo
Do juízo final

Barco sem porto
Sem rumo sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino um bandido
Às vezes me preservo
Noutras suicido

Oh sim
Eu estou tão cansado
Mas não prá dizer
Que não acredito
Mais em você
Não preciso
De muito dinheiro
Graças a Deus
Mas vou tomar
Aquele velho navio
Aquele velho navio

Barco sem porto
Sem rumo sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino um bandido
Às vezes me preservo
Noutras suicido


zeca baleiro 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Meus Escritos - Aventura na Noite Fria



Bem. Ideias, muitas. Coordenadas? Não.
Comigo é assim mesmo. Fazer duas ou mais coisas
ao mesmo tempo? Quem dera fosse possível...

Mudamos para o litoral norte do Rio Grande do Sul.
Uma pequena cidade, quase ao nível do mar, praias de fina
areia, águas mornas, bem, nem sempre mornas, muito
sossego por nove meses pois nos outros três,
veranistas a invadem e junto, vem a loucura, a agitação.

Hoje, 19 de abril, quase feriadão de Páscoa,
sem tempo para a postagem sobre Arte Brasileira
pois, meu dia foi muito agitado e já são 23 horas. Foram
muitos os afazeres em que as 24 horas são poucas
e rápido passam. Fiquei a pensar como cumprir os
compromissos que assumi: artesanato e postagens.

Depois de um café, um cigarro e vendo o show de uma
lua desfilando por entre as aroeiras em meu quintal,
ao som de uma incrível orquestra de grilos, pensei em
publicar aqui os ensaios sobre minhas memórias.
Boas e más recordações originalmente publicadas em um
antigo blog, Memórias. Então, resolvido: a partir de hoje,
vocês vão saber um pouco mais sobre mim.
Aí vai a primeira.

carlos miranda (betomelodia) 




Um ato banal.
Gostoso. Um bom sorvete. Aos poucos mordido
bem devagar, lambido ou de ambas
as maneiras ser saboreado em uma quente noite.
Deixou de ser banal em se tratando de minha pessoa,
ainda mais na companhia de minha mulher.
Sempre buscamos novas emoções e aventura
em tudo que fazemos e por vezes,
elas é que nos procuram.

Noite. Meio da semana e nada para fazer.
Roupas confortáveis, vestidos para o que der
ou para o que vier. Nada veio. Ou melhor,
veio uma rápida mudança. Do tempo. Vento.
Vento frio. Mas não mudou nossa vontade
de tomar um sorvete. Resolvido!
E lá fomos nós tomar um sorvete.
Uma sorveteria bem na esquina de nosso
apartamento, era sempre uma tentação. Mesmo
em um dia de vento forte e frio. Pedido feito,
pago e bancos para nos deliciarmos na
calçada em frente. Lá fomos nós.

Um enorme sorvete, transbordando da
casquinha. Ou melhor, cascona.
Ao sairmos do pequeno espaço então lotado
da sorveteria, o vento frio havia aumentado
de intensidade e para proteger nossos sorvetes
que teimavam em derreter, escorrendo pelas
casquinhas, digo, casconas, demos as costas ao
vento. De frente para os passantes.

Sorvete derretendo mais rápido do que
conseguíamos consumir. Risos nervosos e
muitos pingos na calçada. Olhares muitos,
misto de risos e censura. Dois adultos que não
sabiam tomar um sorvete! Acho que riam de
nossa agonia. Riam de nossas tentativas
para evitar que os rios de sorvete que já lambuzavam
nossas mãos, inundassem mais ainda a
calçada.

O vento aumentou. O frio também. Os pingos
teimavam em ir em direção aos nossos pés, roupas
e aos bancos em que estávamos. Ao levarmos
as casquinhas à boca, ou melhor, casconas,
agora irreconhecíveis de tanto sorvete que por elas
escorriam, nossos cotovelos se transformaram
em conta-gotas. Ridiculamente hilária nossa
situação, que arrancava risos dos que por nós
passavam.

Fomos até o fim. Lambuzados como crianças.
Rindo. Felizes. À sós em nosso lambuzado mundo,
alheios à tudo. Abraços e beijos melados que,
tenho certeza, causavam inveja aos que por nós
passavam. Então, mãos dadas, banhados de sorvete,
encerramos a noite de aventura e nos dirigimos
ao nosso apartamento. Banho a dois. Felizes.

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal -  textos: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos