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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Benedito Calixto, Paisagens e História

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fundação de santos


No final de século XIX e início do século XX, quatro gigantes das
artes se destacaram em São Paulo. Entre eles, estava Benedito Calixto.

Tido como um dos maiores expoentes da pintura brasileira no início
do século XX, Benedito Calixto de Jesus nasceu em 14 de outubro de
1853, no município de Itanhaém, litoral sul do estado de São Paulo.
Um talento nato. Autodidata, com apenas oito anos faz seus primeiros
esboços. Ao sua família mudar-se para Santos, então com dezesseis anos,
precisou pintar muros e placas de propaganda para sobreviver.



benedito calixto - auto retrato


Pintor, historiador, professor e ensaísta, utiliza muito as paisagens
como tema. Em sua técnica apurada e um trabalho bastante pessoal, Calixto
apresenta uma pintura que podemos chamar de lisa, utilizando veladuras,
mantendo-se fiel às cenas locais quanto ao uso das cores. Em suas
telas com temas históricos e religiosos, utilizava de maneira ampla estudos
fotográficos como base e também a pesquisa histórica.

Como profundo conhecedor do litoral paulista, cartógrafo que era,
fez vários ensaios de mapas de Santos e ainda como historiador, escreveu
sobre as capitanias paulistas, tema preferido em suas aulas. Calixto
morreu em São Paulo no dia 31 de maio de 1927, deixando-nos como
legado, mais de setecentos obras.

carlos miranda (betomelodia) 




baía de são vicente

pescadores, baía de são vicente

barco no porto de santos

cubatão

descobrimento

igreja matriz de santos

praia josé menino e ilha de urubuqueçaba

partida de estácio de sá


destaco: cidade de santos


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Almir Sater, Tocando em Frente

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Um presente que veio do céu. A Música que hoje apresentamos é
uma composição que nos traz uma mensagem sobre a vida de uma
forma bem simples. Sua letra fala da calma e beleza de estar vivo, 
admirando a natureza, amando, tendo paz, narrando que viver é um
belo e longo caminhar em que estrada somos, pois abrimos caminho
para outras pessoas, deixando claro que viver é amar em seu
amplo sentido porque sem amor, não há vida. 


almir sater


Almir afirma que Tocando em Frente é um presente que ele e Renato
Teixeira receberam. Ele conta que certa vez foi a um jantar na casa do
amigo. Lá chegando, papo vai, papo vem, ele notou um velho violão do
Chico, ainda menino na época, sem uma corda, encostado num canto.

Enquanto aguardava a esposa do amigo anunciar o jantar, ele começou
a dedilhar as cordas, nascendo uma melodia. Neste momento, Renato
olhou para ele com os olhos arregalados e começou rapidamente a escrever,
com sua esposa chamando-os para o jantar. Em cerca de dois minutos,
letra e música estavam prontas. Jantaram.

Chegando em sua casa, Almir falou à família sobre a nova composição
e todos pediram para ouvir. Ao término , afirmaram que era a melhor Música
que ele havia feito ultimamente, opinião de todos os demais a quem ele a
mostrava. Interessante é a afirmação dele, pensando não existir talento para
compor letra e música em dois minutos, achando que ela foi uma mensagem
sobre a vida que só pode ter sido psicografada.

Em seguida, o vídeo em que Almir Sater interpreta "Tocando em Frente",
uma composição sua em parceria com seu grande amigo, o Renato Teixeira,
um poema à vida magistralmente musicado.

carlos miranda (betomelodia) 




Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia todo mundo chora
Um dia a gente chega no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser... feliz...

almir sater / renato teixeira


 
fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 29 de outubro de 2013

André Macambira, Pau de Arara

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Macambira. Nome de um município no estado de Sergipe, que também
designa uma planta com folhas duras e espinhosas, endêmica da região
nordeste do Brasil. Mas, também é usado para nomear Talento em
se tratando de Música: André Macambira.

Natural de Pernambuco, André em suas composições usa um mix de
ritmos brasileiros e internacionais, principalmente os de sua terra natal
em suas composições. Xaxado, coco e xote são a base de seu estilo
pois seu interesse por música, foi moldado pelo que ouvia com seu avô
em sua adolescência. Seus arranjos, seu toque ao violão, completam
sua obra em perfeita harmonia com sua voz.


andré macambira

Como sempre afirmo, o nordeste brasileiro é um grande celeiro de
grandes Compositores e Músicos, onde André tem um lugar destacado,
como podemos comprovar no vídeo abaixo, uma "jam session" da
Música de Luiz Gonzaga em parceria com Guio de Morais, intitulada
"Pau de Arara", prestando uma grande homenagem ao eterno
Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Gravado em em Recife, conta com a seguinte formação:
André Macambira na voz , violão e arranjo, Daniel Coimbra no cavaquinho
e Lucas Crasto no baixo acústico. Um trio de imenso Talento.

carlos miranda (betomelodia) 




Quando eu vim do sertão seu moço do meu Bodocó
A 'malota' era um saco e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara viajando num pau-de-arara
Eu penei mas aqui cheguei eu penei mas aqui cheguei

Eu trouxe um triângulo no 'matolão'
Trouxe a sanfona no 'matolão'
Trouxe um gonguê dentro no 'matolão'

Xote Maracatu e Baião
Tudo isso eu trouxe no meu 'matolão'
Quando eu vim do sertão hum

Trouxe um triângulo no 'matolão'
Trouxe o gonguê no 'matolão'
Trouxe a zabumba dentro do 'matolão'

Xote Maracatu e Baião
Tudo isso eu trouxe no meu 'matolão'
Quando eu vim do sertão

" Tudo em 'vorta' é só beleza céu de abril e a mata em 'frô'
Mas Assum Preto cego dos 'óio' 'num' vendo a luz canta de 'dô'
Mas Assum Preto cego dos 'óio' 'num' vendo a luz canta de 'dô' "
Quando eu vim do sertão...

luiz gonzaga / guio de moraes

( trecho ao final: canção "assum preto", de luiz gonzaga e humberto teixeira )



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 26 de outubro de 2013

Meus Escritos - Batalha Final

betomelodia.blogspot.com


Os índios não mais estavam apenas curiosos ou contemplativos,
 ao observarem a invasão de suas terras pelo homem branco.
Planejavam algo. Passaram a fazer rápidas incursões, cada vez mais
ousadas aos novos povoados e assim, as missões de patrulhas
da cavalaria sucediam-se praticamente sem pausas. Imóveis
no topo das colinas, com suas compridas lanças apoiadas no solo
tal qual marcos a delimitar seu território, em silêncio eles nos vigiavam.
Apenas nos vigiavam em silêncio.

Os brancos invadiram suas terras destruindo as florestas, por que era
necessário madeira para suas casas. Afugentaram sua caça matando
à tiros os búfalos, pois a carne era essencial para o sustento dos
pioneiros que, continuavam a chegar em grandes caravanas, devastando
cada vez mais as terras de seus ancestrais. Então, as pequenas
incursões se transformaram em pequenos e isolados ataques.
Eram avisos do que estaria por vir se os homens brancos
não partissem de suas terras.







..." é, assim a sela está bem melhor.
Já não dói tanto cavalgar em arriscadas missões.
Foi bom mandar consertá-la. "...



O Forte estava bem localizado, bem construído e
apesar de estar em uma depressão em semi-círculo
era seguro e seria defendido até a morte pelos valentes soldados.
Ao vigiarem as colina que os cercavam ao norte e ao leste,
os soldados viam que a movimentação dos índios
aumentava e cada vez nais perto do forte eles chegavam.
Sondavam as defesas dos brancos, calculavam suas forças.
Certamente planejavam um ataque.

A ligação com as tropas estacionadas ao sul do Forte,
seria a única opção em caso de retirada,
uma vez que à oeste ficavam as terras altas,
os campos de caça dos nativos.

Lentamente o cerco ao "Forte Alcântara" foi se fechando.
Nas noites que se sucediam tensas, o som de
tambores era ouvido ininterruptamente e vultos
eram vistos por entre arbustos ao redor de nossa posição.

E assim, ele decidiu reunir seus oficiais para resolveram
o que deveria ser feito para conter a ameaça de
um ataque dos índios, visto que o Estado Maior
havia deixado tal decisão por sua conta.

Em uma manhã, um grande número de tendas havia
aparecido no alto da colina situada à leste, contra o sol.
Nas colinas ao norte, grande era o número de guerreiros
se unindo em silêncio ao grupo, em uma lenta
marcha em direção ao grande acampamento.
Não havia mais dúvida, em breve seriam atacados.
Era só uma questão de tempo, muito pouco tempo...





Pediu o parecer de seus oficiais. A decisão tomada foi
aprovada por todos. Ficou decidido que fariam um
ataque surpresa ao entardecer do dia seguinte com
todos os soldados e os reforços que estavam a caminho.

Iniciaram os preparativos para o ataque imediatamente:
uniformes, armas, munições, sabres e montarias
foram inspecionados. Estavam prontos para o combate!
Mas, logo depois, naquela mesma manhã em que foi
decidido o ataque, chegou a informação de que o
líder das várias nações indígenas havia ficado
só no acampamento, apenas com uns poucos
índios para sua proteção. Os guerreiros que iriam
participar da batalha contra os brancos,
estavam reunidos em um planalto atrás das
colinas ao norte, em preparativos para a guerra.

Ali estava uma grande chance de vencer
sem que ocorressem baixas: capturar o tal líder.
Os oficiais no Forte receberam instruções
de como agir, caso algo desse errado e então, com
um pequeno grupo de bem treinados soldados
sob o seu comando direto, ele partiu para sua
arriscada missão pensando: ..." A sela ficou ótima. "...





Fácil, muito fácil. O excelente preparo de seus
comandados e o elemento surpresa
surtiram o efeito desejado. Conseguiram capturar
o grande chefe "Pena de Urubu Branco" sem que um
único tiro fosse disparado e sem um confronto com os
índios que o protegiam. Simplesmente se renderam.

Amarraram os guardas do chefe uns aos outros, pelos pés
e os colocaram sob uma grande árvore. A seguir,
amarraram o grande chefe à parede de sua tenda, de
frente para a entrada do acampamento e aguardaram.

Quando os guerreiros voltaram do campo e viram a cena,
não se deram por vencidos. Sob as ordens do grande chefe
que, mesmo dominado os incitava aos berros à luta, partiram
em direção aos soldados com seus gritos de guerra a
ressoarem pelo acampamento.






Bem, já começava a escurecer e ele havia acendido
algumas tochas que improvisaram. Segurando uma em sua
mão esquerda e brandindo sua arma com a direita, ameaçou
por fogo na tenda onde o grande chefe estava amarrado
se não cessassem o ataque. Os índios pararam e fixaram os
olhos na tocha ao ouvirem:

..." Parem o ataque ou seu chefe morre queimado! "...

Que ele lembre, foram as últimas palavras por ele ditas,
ficando surpreso com a reação de todos os meninos,
"guerreiros" e "soldados": silêncio total, imóveis, olhos
arregalados de pavor olhando na direção em que o
grande chefe "Pena de Urubu Branco" estava amarrado
talvez... esperando uma nova ordem sua? Que nada!

Aconteceu que na empolgação de seus doze anos, ao
apontar com a tocha para a cabana, encostou-a
na parede de palha e ela... pegou fogo!




E agora? O fogo avançava rápido...
ficaram assustados com o calor, muito assustados.
Corriam de um lado para outro, sem saber ao certo
o que fazer. Então, os "valentes" soldados e índios lembraram
do grande chefe "Pena de Urubu Branco" que ainda
amarrado à parede em chamas chorava e aos gritos pedia
por socorro. A bem da verdade, a essa altura da "brincadeira",
todos os meninos estavam aos prantos e gritavam:

..." Fogo! Socorro! Alguém nos ajude! "...

Alguns meninos correram em direção às suas casas
para buscar ajuda ou... para se esconder...
Mas ele e outros meninos conseguiram soltar o grande
chefe, todo urinado e levemente "chamuscado"
pelas altas chamas. Em seguida, correram para suas
casas em silêncio na tentativa de escapar aos castigos e
surras que certamente viriam. Mas a retirada foi notada:
a intensa fumaça do fogo ao consumir a cabana em
que eram guardadas ferramentas, madeiras e outros
materiais de construção, atraiu a atenção
dos moradores das casas dos funcionários da
fábrica de papel. Foram vistos, sim.Para resumir, em minutos
a confusão aumentou tanto,que até a diretoria da indústria
ficou a par do acontecido.

O resultado? Como sempre, algumas surras, muitos castigos
e a proibição de brincadeiras de "guerra" ou de "índios e soldados".
Mas a "batalha", que ficou lembrada como "A Batalha Final",
serviu para unir ainda mais os "bravos guerreiros" e os
"intrépidos soldados", pois entre eles os comentários e
detalhes sobre ela, renderam meses e meses de boas risadas.

carlos miranda (betomelodia) 




" Ainda bem que não proibiram as brincadeiras
de Médico ou de Tarzan...'"p
eraí": sabe aquela menininha linda

e gostosinha, a filha do contra-mestre? Hum... vou chamar ela
de novo para nós brincarmos de médico...
Se ela topar, depois eu conto".



fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sandra de Sá, Solidão

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Sandra Cristina Frederico de Sá, carioca da gema, nascida no bairro de Pilares,
cidade de Rio de Janeiro, dos maiores nome da Música Popular Brasileira
é considerada a maior expressão do soul brasileiro, sendo que a grande
maioria de suas composições são no estilo black music mundial. Com seu
timbre de voz e estilo de interpretação, é tida por alguns de seus fãs
como "Tim Maia de saias".

Sandra, neta de um emigrante de Cabo Verde, na África, tendo seu pai
como baterista, acompanhava-o em suas muitas apresentações em Pilares
e imediações com muito samba, soul e também nas gafieiras. Assim sua
tendência à Música Negra foi consolidada.


sandra de sá

Autodidata, aprendeu a tocar violão e começou a compor com forte apelo
à consciência social. Detentora de muitos prêmios por sua obra, obteve uma
grande aceitação com a composição "Demônio Colorido", enorme
repercussão nacional em 1980, que a consagrou definitivamente como
compositora e intérprete.

Nesta postagem, destaco a música "Solidão", nas paradas até os dias
atuais, que lhe rendeu o "Troféu Imprensa" como intérprete em 1987.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Solidão
Dá um tempo e vá saindo
De repente eu tô sentindo
Que você vai se dar mal

Solidão
Meu amor está voltando
Daqui a pouco está chegando
Me abraçando todo meu
Meu meu

A solidão é nada
Você vem na hora errada
Em que eu não te quero aqui

Que solidão que nada
Eu preciso é ser amada
Eu preciso é ser feliz

Solidão
Ele disse que me ama
Se amarrou em mim na cama
Me levou até o céu
Céu


carlos colla / chico roque




fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google