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segunda-feira, 28 de março de 2016

Gildásio Jardim, uma Técnica Criativa e Pessoal

ciranda de girassol


Gildásio Jardim Barbosa

Bem, o destaque de hoje na série sobre as  Artes Plásticas Brasileiras, nos traz um Artista que tem em
suas pinturas,  sentimentos, reminiscências de nossas vidas,  reminiscências  de uma grande parte
do povo brasileiro. Graduado em Licenciatura Plena em Geografia pela Unimontes em 2007,
e também em outros cursos na  "
IEPHA"  e também  "AIC",  ambas entidades  em Minas
Gerais, Estado em que nasceu na cidade de Joaíma, Vale do Jequitinhonha. E é lá
no Vale, em Padre Paraíso que hoje ele mora, onde além das Artes Plásticas o
Artista também exerce o cargo de Professor de Geografia. Duplo talento.


gildásio jardim barbosa


Sua Obra

Geldásio dedica sua obra à cultura popular,  com cenas do cotidiano das
regiões interioranas do Estado de Minas Gerais,  assim como do Nordeste do
Brasil. Autodidata, criou uma técnica pessoal em que suas telas tem como base o
tecido estampado com flores, bolinhas ou outros tecidos que lembrem a chita, o tecido
que lhe traz caras recordações  das roupas que eram usadas pelos personagens gravados
então em suas telas, em sua memória desde a mais tenra infância na zona rural mineira. Assim ele
cria uma perfeita fusão cores/personagens de sua gente, lá do Vale do Jequitinhonha, carinhosamente.
Interessante é que o chita, tido como símbolo de pobreza à época, torna-se valioso ganhando nobreza.

carlos miranda (betomelodia) 




jogando bola na rua


leitura na rede de flores


sinvalinho tocando pandeiro


costurando o tempo


no banco da praça


mestre antonio

dona senhorinha

a labuta na barra do encachoeirado


colhendo café


o sanfoneiro


eu (o autor), a rebeca e meu coração


meu destaque: palhaço estampado

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

sexta-feira, 25 de março de 2016

Aivazovskii, suas Paisagens e Marinhas

carroção com bois no inverno, 1866


Ivan Konstantinovich Aivazovskii

Em nossa segunda publicação sobre Artes Plásticas ao redor do mundo, teremos uma mostra da bela
obra de Aivazovskii, suas paisagens  e belíssimas marinhas, seu tema predileto. Nascido em
Teodósia, Crimeia, em 29 de julho 1817, desde a infância gostava muito de pintar e
seus desenhos mostravam que ele era um Artista nato. Assim, seus pais
logo que reconheceram seu talento para as Artes, matricularam
o filho na Academia de Belas Artes de São Petersburgo.

Dezenove anos mais tarde, 1836, realizou uma mostra
de suas telas com cinco  belisimas marinhas, pinturas que ele
fez na Academia. Portas se abriram.  Ele passou a realizar incríveis idas
à vários Países, sempre tendo os oceanos como tema principal em suas pinturas e
além das marinhas, maravilhosas paisagens dos lugares que conheceu. Foi fundador e maior
incentivador das Artes em sua cidade natal,  Teodósia, ao criar a  Academia de Belas-Artes, a primeira
na cidade. Faleceu no dia 05 de maio de 1900, deixando em seu acervo mais de 6 mil quadros.



ivan konstantinovich aivazovskii


Sua Obra

Em sua muitas e longas viagens, Aivazovskii, pintando as mais belas paisagens marinhas da Europa e
com sucesso, realizou várias exposições individuais, em que suas telas impressionavam seu
público pela precisão complexa e brilhante composição de suas marinhas. Em 1844,
de volta à Rússia onde permanece por poucos meses,o suficiente para que
ele pintasse suas telas mais famosa, Mar Negro e Nona Onda, obras
que influenciaram em muito toda pintura russa desde então.


carlos miranda (betomelodia) 




vista de constantinopla à luz do entardecer, 1846

vista de constantinopla à luz do luar, 1846

golfo de nápoles, 1841

mar tempestuoso à noite, 1849

tempestade no mar à noite, 1853

uma de suas telas mais famosas: a nona onda, 1850

casa de fazenda e moinho de vento ao luar, 1893

companhia de carroções na estepe, 1888

málaga, 1854

forte imperador alexander I, 1844

luz do luar, 1849

meu destaque: veneza, itália, 1841

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

terça-feira, 22 de março de 2016

Caetano Veloso e Seu Jorge: Desde Que o Samba é Samba



Bem, creio já ser do conhecimento de todos os que apreciam a autêntica Música Brasileira, que tenho
um imenso orgulho por um símbolo da nossa identidade nacional, o  Samba de Roda, ser agora
considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, desde o ano de 2005. Sua origem é
de um tipo de dança africana que surgiu no Estado da Bahia, para ser mais exato no
Recôncavo Baiano, o ponto de partida para sua divulgação no Brasil e além
fronteiras, mas como hoje o conhecemos, data do início do século XX.

O grande marco na história do Samba moderno, aconteceu no ano de
1917, também no Rio de Janeiro, com a gravação de  "Pelo Telefone", que é
tido como o primeiro a ser gravado no  Brasil, e seu sucesso foi o maior motivo para
a divulgação e popularização do samba como gênero musical., à princípio criminalizado por
sua origem negra mas, aos poucos conquistando também a classe média. Mas, tenho preferência
por um determinado ano na bela história do Samba: 1993,  o ano em que comprei o álbum  "Tropicália 2".

Foi ouvindo que de imediato incluí em meu repertório a composição de Caetano que, atrevo-me dizer, é
a composição que fez-me entender melhor o que na realidade o Samba é. "Desde Que o Samba é
Samba" é atemporal, nasceu como se sempre tivesse existido,  levando-nos às revelações
que só a poesia de sua letra proporciona-nos.  Por ser o Samba, Samba imortalizado
por sua existência em todo Universo Musical, ele  "não nasceu, apenas não
chegou e não vai morrer", e dado ao conteúdo de sua letra, podemos
dizer que é um Samba em forma de implícita oração à Música.

Escolhi para ilustrar a publicação, um vídeo em que como um
convidado, o autor, Caetano Veloso, participa em um duo com o nosso
já conhecido Seu Jorge, cantando Desde que o Samba é Samba, muito bem
acompanhados por instrumentistas, em uma ótima participação no excelente  Samba.

carlos miranda (betomelodia) 





A tristeza é senhora desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura  a noite a chuva que cai lá fora
Solidão apavora tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece no quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora

A tristeza é senhora desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura a noite e a chuva que cai lá fora
Solidão apavora tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece no quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora

O samba ainda vai nascer o samba ainda não chegou
O samba não vai morrer veja o dia ainda não raiou
O samba é o pai do prazer o samba é o filho da dor
O grande poder transformador


caetano veloso



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal  / google

sábado, 19 de março de 2016

Gal Costa, Lígia



Quem no Brasil e no mundo não conhece Maria da Graça Costa Penna Burgos? O nome artístico por
ela usado é Gal Costa,  dona da voz soprano clara, bela e afinada, e desculpem a ousadia, posso
afirmar que possui um timbre inigualável. Nascida em 26 de setembro de 1945 na Capital do
Estado da Bahia,  Salvador,  iniciou suas atividades profissionais em 1964,  tendo suas 
preferências musicais nos estilos Bossa Nova, MPB, Samba, estilos influenciados
por  Baden Powell, João Donato, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Edu Lobo
dentre outros.  Gal, dispensa mais apresentações e então, à publicação.

Escolhi a Música composta por Tom Jobim, com as participações de João Gilberto e Chico Buarque,
a qual tem o título de Lígia, uma das mais belas composições de Tom,  que teve como sua musa
inspiradora, uma professora que Tom conheceu em uma chuvosa e fria tarde de inverno em
Ipanema no Bar Veloso, o seu preferido. Ela estava em uma mesa na companhia de uma 
amiga e Tom, galanteador, sentou ao seu lado. Mas no decorrer da conversa soube
que sua paquera era professora de uma de suas filhas,  e segundo sua própria
narrativa sobre o acontecido, saiu-se com essa: "quando eu soube, entre
espanto e uma gargalhada, disse para ela que essa foi a primeira vez
que uma paquera minha, se tornou reunião de pais e mestres." E
assim, nasceu a Música Lígia, um belo poema de Tom Jobim,
em uma excepcional e bela interpretação de Gal Costa.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Eu nunca sonhei com você nunca fui ao cinema
Não gosto de samba não vou a Ipanema não gosto de chuva nem gosto de sol
E quando eu lhe telefonei desliguei foi engano seu nome eu não sei
Esquecí no piano as bobagens de amor que eu iria dizer é Lígia Lígia

Eu nunca quis tê-la ao meu lado num fim de semana
Um chop gelado em Copacabana andar pela praia até o Leblon
E quando me apaixonei não passou de ilusão o seu nome rasguei
Fiz um samba canção das mentiras de amor que aprendi com você é Lígia Lígia

E quando você me envolver nos seus braços serenos eu vou me render
Mas seus olhos morenos me metem mais medo que um raio de luz é Lígia Lígia

tom jobim
( participação na melodia e letra: joão gilberto e chico buarque )



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( texto sobre a composição baseado no original de thiago tiara )

quarta-feira, 16 de março de 2016

Adelio Sarro, Uma Obra Fascinante

melodia noturna


Adélio Sarro Sobrinho

Vindo de uma infância pobre mas, já repleta de nato talento, é um Artista excepcional. Nascido em um
ambiente rural no município de Andradina,  interior do Estado de São Paulo no ano de 1950, aos
quatro anos de vida, em um caixote subiu observando com curiosidade a imagem sacra do
Sagrado Coração de Jesus impressa em um calendário. Então ao chegar em sua casa
reproduziu-a. Apenas um desenho infantil mas impressionou a quem via. Filho de
agricultores de origem portuguesa e italiana, a árdua vida que levava foi em
desenhos registrada por ele. E as adversidades não cessaram para ele.

Foi quando tinha oito anos de idade que Sarro viveu um período marcante, ao ser tirado do ambiente
em que até então vivera. Sua família mudou-se para o Estado de Goiás em busca de trabalho, e
melhoes condições de vida.  Alguns anos após voltaram para o Estado de São Paulo, onde
passaram por imensa situação de pobreza e provações sem limites numa fazenda. De
lá ficaram muitas imagens em sua memória.  E mais uma vez, motivados por mais
dificuldades financeiras que a família mudou-se novamente no ano de 1964.
Agora já adolescente, ajudava a família catando vidro e papel nas ruas.

Mas a mudança mais importante deu-se nesse mesmo ano, 1964, quando resolveu mudar-se só com a
intenção de estudar para ser um religioso no  Seminário Seráphico São Fidélis, em  Piracicaba,
também no interior do Estado de São Paulo.  Foi um ano de solidão, que tornou-o sensível
e produtivo em seus trabalhos na Arte Sacra, o que levou um dirigente do Seminário
a dizer:  "Ele só sabe e quer desenhar.  Levem-no embora pois ele é um Artista".


adélio sarro sobrinho


Sua Obra

Bem, acima tivemos um breve relato do início de Sarro nas Artes Plásticas, assim como as dificuldades
pelas quais passou sem perder a vontade de ser um pintor. O interesse pela Artes latejava com
insistencia em sua cabeça repleta das imagens dos tempos passados que ansiosamente
ele queria colocar nas telas.  Autodidata, com o auxílio de uma orientadora artística
adquirindo uma base acadêmica, seguida das bidimensionais construções e
desconstruções de seus temas que assim, foram o início de seu estilo.

Mas seu estilo foi grandemente influenciado aos 42 anos ao visitar na cidade de Brodowsky, interior do
Estado de São Paulo, a casa onde viveu Cândido Portinari.  Foi lá que um impulso muito forte e
criativo aflorou e definiu o estilo próprio em sua Obra. De suas lembranças, um universo
de paisagens, personagens, tais como os trabalhadores rurais caracterizados por
mãos, braços, pés e pernas exagerados, os seus rostos com feições muitas
vezes tensas ou pensativas, causam um efeito interessante, suave e
repleto de cores em perfeita harmonia. É uma Obra magnífica.

carlos miranda (betomelodia) 




retrato mágico


astros do universo



águas da vida

construindo o novo milênio


existência universal


terra farta

paraíso terrestre


sabor da manhã


reflexão do amor

encontros do tempo


maré alta



 meu destaque: toque perfeito

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( formato das telas adaptados à diagramação )