Como? Como descrever as obras
de Mestres de nossa literatura, tais como
Carlos Drummond de Andrade, gênio pela qualidade
e por sua grandiosa obra literária, que livre está
de qualquer tipo de classificação ou análise?
Penso que sua obra deve ser classificada,
escrita, assim: simplesmente Drummond.
paulo diniz |
E se o mesmo pergunto em relação a outro
Mestre de nossa tão rica Música Popular Brasileira,
Paulo Diniz, que com maestria e perfeição teve
a bem sucedida ousadia de musicar um clássico da
poesia de Drummond, José, nos presenteando
com a união entre as Artes, poesia e música,
respondo: simplesmente Paulo Diniz.
Observem que Paulo Diniz não alterou sequer
uma vírgula nos versos de Drummond,
ao musicar o poema. Acompanhem com a edição
de vídeo de Ivanete Souza a beleza da obra
de Drummond e a criação de Paulo.
carlos miranda (betomelodia) ™
( vídeo em 360p )
A festa acabou, a luz apagou,
O povo sumiu, a noite esfriou,
E agora José? E agora você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?
E agora José?
Está sem mulher, está sem carinho,
Está sem discurso, já não pode beber,
Já não pode fumar, cuspir já não pode,
A noite esfriou, o dia não veio,
O bonde não veio, o riso não veio,
Não veio a utopia e tudo acabou
E tudo fugiu e tudo mofou,
E agora José?
Sua doce palavra, seu instante de febre,
Sua gula e jejum, sua biblioteca,
Sua lavra de ouro, seu terno de vidro,
Sua incoerência, seu ódio e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta,
Não existe porta, quer morrer no mar,
Mas o mar secou, quer ir para Minas,
Minas não há mais José e agora?
Se você gritasse, se você gemesse,
Se você tocasse a valsa vienense,
Se você dormisse, se você cansasse,
Se você morresse... mas você não morre.
Você é duro, José! Sozinho no escuro,
Qual bicho-do-mato, sem teogonia,
Sem parede nua para se encostar,
Sem cavalo preto que fuja a galope,
Você marcha José!
José para onde?
carlos drummond de andrade / paulo diniz
O povo sumiu, a noite esfriou,
E agora José? E agora você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?
E agora José?
Está sem mulher, está sem carinho,
Está sem discurso, já não pode beber,
Já não pode fumar, cuspir já não pode,
A noite esfriou, o dia não veio,
O bonde não veio, o riso não veio,
Não veio a utopia e tudo acabou
E tudo fugiu e tudo mofou,
E agora José?
Sua doce palavra, seu instante de febre,
Sua gula e jejum, sua biblioteca,
Sua lavra de ouro, seu terno de vidro,
Sua incoerência, seu ódio e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta,
Não existe porta, quer morrer no mar,
Mas o mar secou, quer ir para Minas,
Minas não há mais José e agora?
Se você gritasse, se você gemesse,
Se você tocasse a valsa vienense,
Se você dormisse, se você cansasse,
Se você morresse... mas você não morre.
Você é duro, José! Sozinho no escuro,
Qual bicho-do-mato, sem teogonia,
Sem parede nua para se encostar,
Sem cavalo preto que fuja a galope,
Você marcha José!
José para onde?
carlos drummond de andrade / paulo diniz
Sobre Ivanete Souza.
Ela me deixa sem palavras...
Não sei como agradecer-lhe, pois há muito tempo
vinha tentando postar essa música, parte
especial de meu repertório, mas não achava uma
edições de vídeo que me agradasse e
então, deixei para depois. O depois, chegou:
surgiu Ivanete, a que transforma sonhos
em realidade, atendendo mil pedidos,
fazendo com que bonitas imagens e músicas
transformem-se em maravilhosas realidades,
como o vídeo acima.
fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
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