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domingo, 28 de dezembro de 2014

Oswaldo Montenegro, Me Ensina a Escrever

betomelodia.blogspot.com

Oswaldo Montenegro. A postagem de hoje é a sexta que faço sobre esse incrível Músico,
autor de muitas das mais belas páginas da Música Brasileira e por quem nutro grande
admiração. Segundo sua declaração, decidiu seguir a carreira musical ao na infância ir
morar em Minas Gerais. Lá, aconteciam reuniões semanais com seus pais e outros
amigos, amantes da boemia e da boa Música.

Ele conta que certa vez ao acordar, no ar pairava o som de um clarinetista que em meio
à manita matutina, tocava para ninguém. Foi assim que, ao olhar por aquela janela,
ouvindo aquela doce melodia, ele decidiu o que faria pelo resto de sua vida.
Bendita Minas Gerais e sua neblina; bendito instrumentista solitário;
bendita decisão de um jovem chamado Oswaldo Montenegro.


oswaldo montenegro


Escolhi para ilustrar esta postagem uma de suas composições que embora aparente ser
apenas uma romântica poesia, em realidade é um desafogo para quem escreve e é o
tema de "Me Ensina a Escrever": as folhas em branco. Nelas é que colocaremos as
nossas emoções, mensagens e sempre com a incerteza sobre se devemos ou
não despir nossos sentimentos ao expressá-las. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Meu amor
Me ensina a escrever a folha em branco me assusta
Eu quero inventar dicionários palavras que possam tecer
A rede em que você descansa e os sonhos que você tiver

Meu amor
Me ensina a fazer uma canção falando quanto custa
Trancar aqui dentro as palavras calando e querendo dizer
Não sei se o poema é bonito mas sei que preciso escrever

Meu amor
Me ensina a escrever a folha em branco me assusta
Eu quero inventar dicionários palavras que possam tecer
A rede em que você descansa e os sonhos que você tiver

Trancar aqui dentro as palavras calando e querendo dizer
Não sei se o poema é bonito mas sei que preciso escrever


oswaldo montenegro



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Por Um Natal Todos Os Dias, Noite Feliz



Que neste final de 2014, o Coelhinho da Páscoa e sua cesta repleta de fantasias
carnavalescas, o Rei Momo distribuindo os presentes do Dia das Crianças,
Papai Noel como destaque em uma Escola de Samba iluminada por
fogos de artifícios, ao som de um belo samba enredo que ao
anunciar o nascer de 2015, tornem as aspirações da
humanidade em uma realidade repleta de Paz
e muito, muito Amor ao próximo.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )

O vídeo acima é com o clássico Noite Feliz, uma composição do padre
Joseph Mohr e musicada por Franz Gruber, criada na cidade de
Oberndorf, Áustria, no ano de 1818.

Sendo brasileiro, "carioca da gema", escolhi manter esta edição
em comemoração ao Natal e Ano Novo de 2014 pois, com
o solo de cavaquinho e o acompanhamento em ritmo de Samba,
representa muito bem a nossa Cultura Musical.

Desejo aos meus leitores, seguidores e amigos do meu Blog, Facebook, 
Pinterest, Google+ e outros meus espaços na Web, Boas Festas
e um Novo Ano repleto de Amor, Fraternidade e Paz.
Beijos fraternos no coração de todos.

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

(  não foi possível identificar com certeza o autor do solo de cavaquinho, que creio ser diego junior. )

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Claudio Vinicius, o Poeta das Cores

rio manbucaba, angra dos reis, rio de janeiro

Os temas de suas telas são variados: temas modernos, clássicos ou abstratos mas, sua
preferência são as paisagens. Cláudio Vinícius Rodrigues, ou como assina suas telas,
Cláudio Vinicius, nasceu em Belo Horizonte, cidade que é a capital do Estado de
Minas Gerais no ano de 1965. Foi lá que aos treze anos iniciou nas Artes.


claudio vinicius

Foi um início difícil, em que tinha que percorrer um longo caminho pela cidade
até o município de Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte com
todo o material de pintura, para as aulas que tinha com o pintor Raimundo Costa, com
quem teve as noções preliminares sobre as percepções dos temas, técnicas e cores.
Geralmente Ia aos sábados e voltava aos domingos mas por vezes, passava a
semana lá pintando e só voltava para casa no fim de semana seguinte.

Anos depois, Cláudio conhece Alberto Braga, por quem já nutria grande grande
admiração pelo forte colorido de suas telas. A amizade entre os dois foi decisiva para
o aperfeiçoamento de sua técnica e pela magia das cores em seus trabalhos, o
que abriu-lhe as portas para reconhecimento nacional e internacional. Abaixo, uma
pequena seleção de suas obras que sei, muito apreciarão.

carlos miranda (betomelodia) 




estrada mineira

paisagem exuberante

riacho

rio piracicaba

ponte sobre o rio, com ipê amarelo
estrada em dionisio, minas gerais
volta de estrada
aguadouro
tranquilidade


destaco: ponte velha na cachoeirinha

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Adriana Calcanhoto, Vambora

betomelodia.blogspot.com


Ela é compositora e cantora, nascida na capital do Estado do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, em outubro de 1965. Eclética, adota em suas composições variados estilos
tais como pop, bossa nova, balada e samba, mas não deixando de resgatar e
interpretar em belos arranjos, clássicos da Música Popular Brasileira.
Ah, seu nome: Adriana Calcanhoto.

Penso que apesar de ser filha de Carlos Calcanhoto, baterista de jazz e bossa nova e de
uma professora de educação física e bailarina, Morgana Assumpção Cunha, foi seu avô que
despertou-a para a Música, ao presentear a neta com um violão aos seis anos e sob a
influência da MPB, Adriana aprendeu a tocar e a cantar.



adriana calcanhoto

Foi nos bares de Porto Alegre que iniciou sua carreira artística, em seu estilo próprio
que é voz e violão. Seu reconhecimento à nível nacional deu-se no ano de 1990 com
a composição de João Donato, Caetano Veloso e Ronaldo Bastos, Naquela Estação,

Música que foi tema de uma novela.

Escolhi para ilustrar a postagem de hoje, Vambora, de sua autoria e que

foi parte de meu repertório. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Entre por essa porta agora e diga que me adora
Você tem meia hora pra mudar a minha vida vem vambora
Que o que você demora é o que o tempo leva

Ainda tem o seu perfume pela casa ainda tem você na sala
Por que meu coração dispara quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro dentro da noite veloz

Ainda tem o seu perfume pela casa ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro na cinza das horas

adriana calcanhotto



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Meus Escritos - Primeiro Amigo




" Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre,
jamais sofrerá de solidão. Poderá morrer de saudades,
mas não estará só." (amyr klink)



Como sempre, rolava a laranja para seu amigo, no piso da pequena varanda.
Ele a rolava de volta, sorrindo. Assim passavam as tardes na
brincadeira inocente, a rir e conversar.





O apartamento. Ele lembra. Morava com seus avós maternos no bairro da Tijuca, zona norte
da cidade do Rio de Janeiro. Não lembra a rua mas sabe que o apartamento era térreo
e próximo à praça Saenz Peña. Pequeno, franzino e feliz. Protegido e querido por todos, tinha o 
que de melhor um menino de seis anos poderia ter: um amigo, que brincava, que contava
coisas estranhas de um distante outro lugar, coisas que um dia os dois fariam.

As brincadeiras. Por vezes, além de rolarem as laranjas um para o outro, rolavam também
desentendimentos: muita força, má pontaria, a falta de vontade de brincar ou devolver a
laranja, eram em sua maioria o motivo para brigas e choros que os avós, carinhosamente
chamados de Pai Velho e Mãe Velha, com ternura acalmavam seu choro dizendo:
" não precisa mais chorar, ele já foi embora
Mas sabia que não era verdade pois eles fingiam não ver seu amigo em um canto, rindo de
seu choro. Porque eles mentiam? Ele ria alto até fazendo caretas. Mas eles fingiam não ver.

O fim da amizade. Brincando os dois na varanda, certo dia ele viu seus pais, avós e outras
pessoas que ele não conhecia, olhando para os dois com expressões estranhas. Ele achou
normal porque eles eram rápidos e precisos na brincadeira. Isso os deixava espantados,
porque ele só tinha seis anos, só podia ser isso.  Mas sua mãe correu até ele pegou-o no
colo tirando de suas mãos a laranja, jogando-a longe sem ao menos olhar para seu
amigo que encolhido em seu canto ficou quieto, triste e sozinho. Em seguida ela saiu correndo
da varanda, chorava alto, com ele nos braços. Sem entender o que tinha acontecido,
o que tinha feito de errado, ele também chorou muito. 

Depois. Não mais o deixaram ir à varanda. Não mais viu seu amigo. Ficou só. E logo seus
pais mudaram do apartamento de seus avós. Bem mais tarde, quando ele perguntava
à eles sobre o que havia acontecido na varanda, as respostas eram: "não lembro, filho".
Certo Dia, Mãe Velha revelou o misterioso segredo: naquela tarde, intrigados por seu riso
alto e mais alegre que o costume, foram até a varanda ver o que estava acontecendo.
E viram. A laranja que ele rolava em direção à parede oposta, onde estava seu amigo,
antes de bater na parede parava bruscamente, como se fosse segura por mãos invisíveis.
Viam que a laranja após um pequeno impulso , rolava rapidamente de volta
para ele! Só não conseguiam ver Jorginho, seu primeiro amigo. 

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos